quinta-feira, 25 de setembro de 2014

PELO APROFUNDAMENTO DA NOSSA DEMOCRACIA! REFORMA POLÍTICA JÁ!

Plataforma eleitoral da UNE exige compromisso com um novo sistema político

No cerne das manifestações que tomaram conta das ruas das principais capitais do país em junho de 2013, ficaram explícitos os desejos e anseios da população por mudanças efetivas no modelo político brasileiro.

Ao mesmo tempo em que a profusão de bandeiras e reivindicações parecia não ter um rumo certo, ela apontou para a existência de uma nítida insatisfação.

Neste cenário, aprovar uma mudança democrática, que se conecte com as reais necessidades e a vida cotidiana de nosso povo é uma das principais pautas defendidas pela União Nacional dos Estudantes. Por esse motivo foi aprovado durante o 62º Conselho Nacional de Entidades Gerais (CONEG), realizado entre os dias 31 de maio e 01 de junho, em São Paulo, a plataforma política da entidade, intitulada ‘’Projeto Une pelo Brasil’’. O documento conta com temas e propostas considerados fundamentais nessas eleições, entre elas, a luta pela reforma política.

Para o vice-presidente da UNE, Mitã Chalfun, o pleito desse ano se mostra uma grande oportunidade para debater e modificar os rumos do país. ‘’ O tema central dessas eleições deve ser uma reforma que democratize a política brasileira.  A convocação de um plebiscito para debater com o povo uma reforma política que amplie os espaços de participação social, acabe com o financiamento privado de campanha e  aprove o voto em lista fechada com alternância de gênero deve ser prioridade para a gestão eleita’’, afirmou.

PAUTA DA UNE

A UNE integra duas iniciativas fundamentais para a construção de uma reforma política.

Uma delas é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Reforma Política Democrática e Eleições Limpas. Assim como a Lei da Ficha Limpa, que partiu de uma iniciativa popular, o projeto precisa de 1,5 milhão de assinaturas para pressionar o Congresso Nacional. A proposta introduz uma série de mudanças na legislação para democratizar o sistema político e eleitoral, eliminando a influência do poder econômico sobre as candidaturas, alterando o sistema eleitoral, fortalecendo a participação das mulheres e demais grupos subrepresentados e fortalecendo os mecanismos da democracia direta. Várias mobilizações de rua estão programadas para colher os apoios. Conheça o projeto: http://www.reformapoliticademocratica.org.br/conheca-o-projeto/

A outra iniciativa é o Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O objetivo foi recolher votos da população a respeito da instalação de uma assembleia nacional constituinte para mudar o sistema político. A avaliação das organizações que compõem o Plebiscito é de que o atual Congresso Nacional, dominado por empresários e capturado pelo poder econômico, não fará reforma política democrática que o país precisa. Mais de 1.000 comitês populares do plebiscito foram criados em todos os estados do país, com centenas de cidades envolvidas. A votação já terminou e na tarde desta quarta-feira (24/9), a coordenadoria do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político também divulgou resultado da votação realizada durante a Semana da Pátria: 7.751.436 milhões de pessoas votaram a favor da realização do Plebiscito. Agora um dos próximos passos será o acampamento nacional em Brasília que se será montado no mês de outubro, quando milhares de pessoas entregarão o resultado do plebiscito aos três poderes e à presidenta Dilma Rousseff.

TODOS NA LUTA!

Durante a chama Semana da Pátria, realizada de 1 a 7 de setembro, a Coalizão pela Reforma Política e a coordenação do Plebiscito Popular coletaram assinaturas e votos, conjuntamente, num claro esforço para chamar a atenção da população.

Para o ex-presidente da UNE e coordenador da Coalizão, Aldo Arantes, o saldo do evento foi positivo.  ‘’Já temos 500 mil assinaturas. É um grande passo para conquistarmos os 1,5 milhões necessários. A luta agora é pela construção de uma grande ofensiva após as eleições, colocando a reforma política como tema central de debates e também continuando a coleta de assinaturas. Queremos começar o ano legislativo com o número necessário criando assim condições para levantarmos o debate no Congresso Nacional’’, disse. E continuou: ‘’Este é um momento favorável para levantar um grande movimento junto à opinião pública. É indispensável uma forte pressão social para que o Congresso se movimente’’, explicou Aldo.

 Segundo ele, o papel da juventude também é fator decisivo nessa empreitada. ‘’Os jovens têm participação muito importante na construção do país que queremos. Por isso, estamos juntos com a UNE construindo debates nas universidades para chegarmos em 2015 com uma proposta concreta e determinada a impulsionar a reforma política no Brasil’’, salientou.
Conheça a plataforma da UNE aqui 

Fonte: UNE

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